Emater inicia
atendimento em assentamentos na região do Guamá
Mil e duzentas e sete famílias de sete assentamentos
federais em cinco municípios da microrregião de Guamá começaram a receber
assistência técnica regular em janeiro deste ano a partir de uma parceria da
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) com
o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
A atuação multiinstucional representa o
quinto lote de uma chamada pública do Ministério do Desenvolvimento Agrário
(MDA), cujo contrato foi assinado em 2 de janeiro e tem vigência preliminar de
um ano, com possibilidade de prorrogação por mais um.
O principal objetivo da chamada é a elaboração de Planos de
Desenvolvimento de Assentamentos (PDAs) e Planos de Recuperação de
Assentamentos (PRAs) – documentos que, além de direcionar a assistência
técnica, devem subsidiar o Incra nos processos de regularização fundiária.
A primeira reunião entre as equipes de campo
aconteceu nessa quarta-feira (8), na sede do escritório regional da Emater em
São Miguel do Guamá. “Estamos esclarecendo detalhes do edital para os
profissionais que irão executar diretamente as diretrizes. As principais
dúvidas são a respeito de limites geográficos de alguns assentamentos e a
exatidão de números de famílias e lotes indicados pelo Incra”, conta o
engenheiro agrônomo Thiago Leão, do Núcleo de Projetos Especiais (NPE) da
Emater e gerente da chamada pública.
Segundo ele, quaisquer imprecisões serão solucionadas na
fase de diagnóstico: “Aplicaremos questionários de pesquisa socioeconômica,
visitaremos cada família e mapearemos os lotes a partir de georrefereciamento”,
explica. Tal fase, com visitas às propriedades, está prevista para iniciar em
março.
Os agricultores beneficiados são de Irituia, Capitão-Poço,
Ipixuna do Pará, Aurora do Pará e Mãe-do-Rio. Eles vivem de cultivos de
subsistência (mandioca, arroz, milho e feijão), criam pequenos animais
(galinhas e porcos, por exemplo) e trabalham com pecuária leiteira e de corte.
De acordo com a Emater, dos sete assentamentos, apenas um, em Capitão-Poço, o
Vale da Bacaba, já recebia atendimento sistemático da Empresa. Nos outros seis,
algumas famílias usufruíam de apoio pontual.
“Agora podemos dizer que a Emater está enfim dentro desses
assentamentos, com metas e objetivos muito bem definidos: mapeando,
diagnosticando e ajudando a estruturar as cadeias produtivas”, resume o
supervisor do escritório regional da Emater em São Miguel do Guamá, o
engenheiro agrônomo Henrique Ferro.
Para Ferro, um dos principais problemas da região é a concentração
de passivo ambiental: “Mais de metade das áreas é desmatada. O trabalho da
Emater certamente vai facilitar essa regularização ambiental, incentivando os
agricultores a adotarem medidas de reposição da mata e sistemas agroecológicos
de produção”, diz Ferro.
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